quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Fusão do MTE tirará o órgão da UTI e enviará direto ao cemitério






















Uma morte anunciada de um doente já em estado grave. É assim que a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas (CONATIG) está avaliando a ameaça da fusão do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com o da Previdência Social, para atender os ajustes administrativos do governo para reduzir os custos da máquina pública diante da crise financeira. O doente, que já está na UTI em estado grave é o MTE, com problemas estruturais e falta de pessoal para garantir a proteção do trabalhador, o atendimento aos sindicatos e para fazer as fiscalizações pertinentes, imagina se fundir-se com outra Pasta? Se isso ocorrer, a CONATIG avalia que o MTE vai parar direto no cemitério, pois se hoje não atende suas obrigações legais a contento, a coisa vai piorar, tornando-se peça figurativa, sem função prática. Isso é igual a morte. E com o seu falecimento, morre consequentemente os direitos da classe trabalhadora e o caos imperará no Brasil, onde o capital ditará as regras da ampliação da desigualdade social. Diga sim à vida e não à fusão!
A CONATIG criou está campanha em favor da manutenção do MTE, a fim de sensibilizar, inicialmente, os 200 mil trabalhadores gráficos contra a possibilidade do governo fundir o MTE com a Previdência Social. “Os sindicatos devem divulgar esta possibilidade temerária de fusão e suas consequências para a vida do trabalhador”, destaca Leonardo Del Roy, presidente da Confederação dos Gráficos. O dirigente diz que a fusão é o mesmo que a morte para os trabalhadores. E quem dúvida disso é só pensar que as relações trabalhistas nas empresas ficarão a Deus dará, já que, frente o sucateamento do MTE, as fiscalizações já são precárias, imagina com a fusão, que implicará em menos recursos para tais ações. E a quem os sindicatos buscarão apoio sem o Ministério do Trabalho?
O movimento sindical perderá e muito. Diga sim à vida e não à fusão!
O MTE, mesmo que sucateado, com falta de fiscais e estruturas, ainda assim consegue ajudar os sindicatos em mesas redondas que convidam o empresariado para tratar de irregularidades trabalhistas cometidas por estes patrões, com o objetivo de saná-las. O MTE realiza fiscalizações e autua empresas sonegadoras de direitos. Mas, por falta de investimento governamental no Ministério há muita carência na agenda das mesas e fiscalizações. É preciso investir no Ministério do Trabalho e não propor a sua fusão com a Previdência. A referida fusão enfraquecerá ainda mais a relação trabalhista no Brasil. “No passado, já houve a separação do Ministério do Trabalho e Emprego da Previdência Social, isto porque há  objetivos diferentes, mesmo que ligados ao trabalhador. Portanto, fusão é um contrassenso e um atraso social. Diga sim à vida e não à fusão! 

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